27/05/2009

EQUIPAMENTO

Finalmente o equipamento desta grande equipa de BTT. Graças ao "El Mecanicum", que muito trabalhou, o equipamento chegará lá para inicios de Julho....digam lá que não está um espectáculo !!!

24/05/2009

TREINOS

Depois de toda a informção sobre as três etapas que iremos fazer, convém dizer que o pessoal não brinca em serviço e que para além dos passeios e provas do Inatel ao fim-de-semana que vão dando a forma ideal, ainda há uns treinos mais curtos durante a semana, que até dão para parar numa esplanada junto às Termas de Alcafache para beber uns finos e comer uns tremoços...claro que isto também faz parte do treino para o dia de chegada a Santiago...isto não falta nada....e convém dizer que a equipa está subir na tabela no Up and Down do Inatel....cada etapa realizada é sempre a melhorar.....é só atletas de alto nivel....aqui fica a prova!!!!






ETAPA A ETAPA III

3ª etapa - Caldas de Reis »» Santiago - 38 kms

Saída de Caldas de Reis
A última etapa apresenta alguns troços cheios de encanto. Deixa-se Caldas de Reis percorrendo a Calle Real até à ponte medieval do Bermaña, uma das áreas mais interessantes desta cidade. Depois, por escassos momentos volta-se a pisar a N550 para se no vale daquele rio, que se subirá até à povoação de Cruceiro, num percurso inesquecível entre prados e bosques.
Em Cruceiro estra-se outra vez na N550, que se atravessa para passar junto à Igreja de Santa Maria de Carracedo voltando, pouco mais adiante, a atravessar aquela estrada nacional para nascente. E mais uma vez temos a pródiga natureza, particularmente luxuriante ao longo da vertente do rio Valga.
Segue-se S. Miguel de Valga, onde se inicia a descida para Pontecesures, para passar o rio Ulla. Quer a lenda que tenha sido por este rio, que aqui se pode considerar ainda um braço da ria Arosa, que subiu a barca com o corpo de S. Tiago, aportando em Padrón. E Padrón fica, de facto, em frente de Pontecesures na margem oposta do rio Ulla. Deve-se visitar a Igreja de S. Tiago para veres o padrão onde foi amarrada a barca do Apóstolo e que deu nome a esta cidade.

Pontes
Caldas de Reis - Ponte sobre o Bermaña
Paisagens
Continuando pelo vale do Bermaña
Neblina matinal sobre o vale do Bermaña
Igrejas
Caldas de Reis - Capela de San Roque
Igreja paroquial de Caldas de Reis
Troços/Caminhos
A caminho de Carracedo
Antes de atravessar a N550
Atravessando Caldas de Reis

Saída de Padrón
Estamos na parte final e rapidamente se chega a Santiago. Aqui podemos assistir à Missa do Peregrino na Catedral, ao meio-dia.
Deixa-se a cidade dirigindo-se para norte até à Colegiade de Santa Maria de Iria Flavia, sede episcopal antes da sua transferência para Santiago de Compostela. Curiosamente, associa-se a este local os dois maiores expoentes das letras galegas - a poetisa Rosália de Castro, aqui sepultada e o Nobel Camillo José Cela aqui nascido junto à basílica.
Passada Iria Flavia segue-se mais uma vez a N550, ao longo de um quilómetro saindo depois para poente para percorreres o curioso enfiamento de aldeias - Romaris, Rueiro, Cambelas, Anteportas, Tarrío e Vilar - até se chegar, de novo, junto à N550, ao magnífico Santuário da Nosa Señora da Escravitute.
A partir daqui, por estradões e atalhos chega-se à pequena povoação de Angueira de Suso e desce novamente a N550 para se percorrer durante cerca de um quilómetro. É a última vez que se encontras esta via.
É em Faramello que se deixa a estrada, a pouca distância do Albergue de Teo. Sai-se à esquerda para a Rua de Francos, atravessa-se num pontão a linha ferrea e por um caminho variado, ora arilo, ora frondoso, sentirás progressivamente a aproximação de um a grande cidade, primeiro na diluição dos subúrbios, depois na descaracterização da periferia.
E assim chegas a Milladoiro, arrabalde urbano de Santiago.. Daqui sobe-se ao Agro dos Monteiros, de onde se desfruta, se o dia não estiver encoberto, uma boa panorâmica da cidade. É um local de referência do Caminho por ser aqui, que, pela primeira vez, se consegue ver as torres da Catedral. Terás ainda que descer a encosta para passar a linha férrea (cuidado!) e o rio Sar e entras, na cidade, pela árdua subida da Choupana. Depois, as Avenidas Rosália de Castro e Juan Carlos I, e estás na Alameda da Ferradura, onde fica a porta Faxeira, entrada tradicional do Caminho Português na cidade velha. E no apertado labirinto de uma malha medieval também não há razão para engano. A Rua de Franco conduz-te directamente à praça do Obradoiro e à Catedral, onde agradecerás ao Apóstolo.

Pontos de Interesse
Centro Histórico de Padrón
Rio Sar
Cruzeiros
Cruzeiro em Rueiro
Igrejas
Colegiada de Santa Maria de Iria Flavia
Colegiada de Santa Maria de Iria Flavia
Igreja de Santiago de Padrón
Padrón - Convento do Carmo
Troços/Caminhos
Entre Rueiro e Vilar
Rueiro

22/05/2009

ETAPA A ETAPA II

2ª etapa –Valença – Caldas de Reis - 72Kms

Valença »» Redondela - 31 Kms

Vamos agora atravessar agora o rio Minho na ponte metálica (antes de haver ponte os Peregrinos atravessavam o rio de barco entre os cais do Arinho de Lavacuncas, o que ainda hoje pode ser feito) e dirige-mos à Sé Catedral de Tui.
Saindo da catedral vamos passar pelo túnel do Convento das Clarissas e, já fora de muros, pelas igrejas de Santo Domingo ( do jardim tens a mais bonita vista sobre Valença e Tui) e San Bartolomé. Desces depois à ponte da Veiga, mas não a passas, sais à esquerda por um caminho de terra, atravessas a linha férrea e a autovia, passas a Capela de Virxen do Camino e chegarás a um dos troços mais bonitos do percurso - o vale do Louro. É tão bonito que nem te apercebes que este rio é o fétido afluente das indústrias transformadoras de Porriño. Aqui, remanso da ponte das Febres morreu com a peste há 750 anos o Bispo de Tui San Telmo, no regresso de uma peregrinação a Santiago.
Depois deste bucólico percurso tem início, à saída de Orbenlle, o mais árduo troço de todo o caminho - a travessia do Polígono Industrial e a entrada de Porriño pela estrada nacional, que representa cinco quilómetros em via asfaltada com intenso tráfego de pesados.
Pela mesma estrada por onde entraste sairás agora da cidade, rumo ao norte. Trata-se da N550, que anda sempre paralela ao Caminho a te servirá de referência até Santiago de Compostela.
Vais passar junto ao Pazo de Mos e aí respira fundo, porque terás de subir a íngreme Rua dos Cavaleiros, continuando depois para Santiaguiño de Antas ( marco miliário romano da via militar XIX Braga - Astorga) e Chan das Pipas. Aqui, ficarás surpreendido com uma larga panorâmica sobre a Ria de Vigo. Tens uma fonte à disposição.

Pontos de Interesse
Tui. Aproximação ao casco velho
Tui. Túnel do Convento das Clarissas
Cruzeiros
Cruzeiro em San Bartolomeu de Rebordáns
Pontes
Ponte da Veiga, sobre o rio Louro
Ponte internacional de ValençaTui
Paisagens
A cidade de Tui vista da ponte
Igrejas
Capela da Virge do Caminho
Catedral de Tui




Redondela »» Pontevedra - 18Kms


Antes de deixares Redondela faz uma visita à Igreja românica de Santiago, a primeira matriz do Caminho Português dedicada ao Apóstolo.
Sais agora da N550, que deixas, ainda nos subúrbios da cidade para tomar a poente um caminho secundário que passa sobre a linha férrea e que cruzará de novo com a estrada nacional levando-te, depois de uma pequena subida, a uma área de repouso com uma boa fonte em Outeiro de Penas.
Subirás ainda mais um pouco até ao Alto da Lomba, um local dominante com uma excelente vista sobre a Ria de Vigo, voltando a descer até à já tua conhecida N550, que te levará a Arcade, onde hás-de voltar um dia para comeres as melhores ostras da Galiza.
Entre Arcade e Pontesampayo, desagua o rio Verdugo na Ria de Vigo. Para o vencer vais percorrer uma extensa ponte medieval, que foi palco de uma das mais sangrentas batalhas da campanha de 1809, contra as divisões de Napoleão comandadas pelo Marechal Ney e que se dirigiam para Portugal. Foi tal a ferocidade que ainda hoje a população local põe aos cães os nomes dos generais Franceses.
Vais ter agora oportunidade de percorrer um dos troços mais bonitos do Caminho. Mas primeiro terás que atravessar um labirinto de ruelas do aglomerado de Pontesampayo. Desces então, até ao rio Ullo, que passarás sobre o extradorso de um arco de volta inteira, com um cenário natural de rara exuberância, voltando a subir, agora, uma velhíssima calçada que trepa a encosta da Canicouba até Cacheiro.
Passada a área montanhosa o caminho alarga-se de novo, correndo campos, vinhas e pomares até à periferia de Pontevedra, que se adivinha já com a multiplicação de casas e a agitação urbana.
À entrada da cidade, junto à estação dos caminhos de ferro (RENFE), tens o albergue e depois o belíssimo centro histórico de Pontevedra.

Pontos de interesse
Outeiro de Penas (parque de merendas)
Paisagens
A ria de Vigo, em Redondela
Vista sobre a Ria de Vigo
Igrejas
Igreja de Santiago de Redondela
Pontevedra »» Caldas de reis -23Kms

À saída visita a Igreja da Virxen Peregrina, uma das grandes referências do Caminho Português. Atravessas depois a cidade velha até à milenária ponte de O Burgo, por onde atravessas o rio Lérez quando este se lança na Ria de Pontevedra.
Alcançada a margem norte entras na rua da Santinha, que se continua por um carreiro ao longo e de todo vale do rio da Granda, percorrendo no início as áreas palustres da Xunqueira de Alba e obrigando-te a molhares os pés nos troços atolados do Castrado e Pozo Negro.
Mas depressa chegarás a San Mauro, onde poderás fazer uma pausa junto à fonte. A partir daqui o caminho é geralmente largo e de piso fácil, mas liberto de trafego e embalado numa paz conventual. Começarão a surgir cruzeiros de cantaria lavrada, alguns preciosamente esculpidos, que provarão estares no caminho certo para Santiago. E acabarás por voltar de novo à N550, para dela saíres e tornar a entrar, várias vezes, até à povoação de Tivo, onde tens uma boa fonte à tua espera. E não vale a pena parar muito tempo, que estás a um quarto de hora do fim da jornada.
Vais entravar em Caldas de Reis pela Igreja de Santa Maria, directo à ponte do Umia, local de eleição desta cidade termal. Aqui se concentram algumas unidades hoteleiras antigas, reminiscências de uma actividade termal florescente e onde poderás encontrar alojamento enquanto não estiver disponível o Albergue de Peregrinos.
Terás ainda tempo de conhecer a cidade, que é pequena. Tira uns momentos de descontracção tentando molhar os pés cansados na água quente da Fonte das Burgas.

Pontos de Interesse
Centro histórico de Pontevedra
Fonte da Xunqueira
Igrejas
Igreja da Virge Peregrina
Igreja de S. Francisco
Troços/Caminhos
A caminho de Alba
Passando O Castrado

18/05/2009

ETAPA a ETAPA

Como foi dicidido a nossa viagem vai dividir-se em três etapas, correspondendo a três dias. É altura da malta ir conhecendo melhor aquilo que nos espera...aqui ficam algumas informações sobre o itinerário que dicidimos realizar. Como já todos sabem entre Portugal e Espanha existem algumas diferenças relativamente ao terreno e mesmo às marcações, sendo a parte portuguesa a mais dificil....mas também a malta está mais fresca e com força...depois logo se vê...

Aqui fica o que nos espera no 1ºdia. Para além dos Kms, a altimetria, os lugares, os pontos de interesse....

1ª etapa – Guimarães –Valença (98 a 100 km)

* Guimarães »» Braga / 22 Km
Neste primeiro troço entre Guimarães e Braga, o Caminho coincide com o que hoje em dia é a Estrada Nacional 101.
Serão portanto, 22 Km de estrada de alcatrão, em “velocidade de cruzeiro”, apenas para fazer o aquecimento para o Caminho “a sério” que começa à saída de Braga.


* Braga »»Ponte de Lima / 36 Km
Daqui para a frente entramos no Caminho de Santiago mesmo a sério! Não que o troço anterior não o fosse já, mas é agora que começamos a entrar nos trilhos de mato, nas aldeias e pontos de referência mais marcantes como rios, serranias, pontes, fontes, cruzeiros, etc.
Serão os primeiros 36 Km (já com algumas subidas) a pedalar entre campos e povoações, entre trilhos de terra e empedrados.

Se tudo correr como previsto, o almoço/descanso será feito à chegada a Ponte de Lima, para recarregar baterias para o troço mais duro que vamos enfrentar em todo o Caminho.

* Ponte de Lima »»Valença / 38 kms



Saída de Ponte de Lima
Estamos agora perante o mais difícil de todos os troços do Caminho Português do Interior.
A saída de Ponte de Lima faz-se pela formidável ponte românico-gótica de 22 arcos. Entre os dois tramos da ponte, ao passares junto à igreja de Santo António da Torre Velha, repara numa pequena capela medieval aberta, que é dedicada ao Anjo da Guarda. Nos seus sete séculos de existência já viu passar, como a ti, muitos e muitos milhares de Peregrinos. depois da Ponte vira-se à esquerda e entra-se de novo no mundo rural. Primeiro, a freguesia de Arcozelo, de feição marcadamente agrícola, mas a partir da Labruja começa a escassear a lavoura com a pendente da serra, que se cobre de arvoredo até à Portela Pequena. São estes dois quilómetros da vertente da Labruja os mais extenuantes de todo o Caminho. Diz quem já fez este troço de BTT, que temos duas hipóteses… ou se sobe ao lado “dela” ou com “ela” às costas! A meia encosta recupera-se o fôlego junto à Cruz dos Franceses, que assinala o local onde a população emboscou os retardatários do exército de Napoleão, na invasão de 1809. E depois trepa o que falta até à casa da Guarda Florestal, onde acharás uma bica de fresquíssima água.
Por esta portela entra-se na bacia do rio Minho pelo Vale do Coura, seu afluente em Caminha. Vais portanto começar a descer, o que farás por Aqualonga e Rubiães, que facilmente se identifica pela sua bela igreja românica. Depois, continua-se a descer até à ponte romana.
Passado o Coura sobe-se de novo, mas agora suavemente, até S. Bento da Porta Aberta, outro local de afamada romaria. Inicia-se a descida para Fontoura. Na passagem por Cerdal e, sobretudo, quando se entra de novo na N13, varrida por intenso tráfego, vais-te ressentir, muito provavelmente, do cansaço da jornada, mas anima-te, que estás apenas a três quilómetros de Valença.

Pontos de Interesse
Portão da Quinta de Sabadão
Cruzeiros
Cruzeiro, depois de Sabadão
Pontes
Cruzando o rio Lima
Travessia do Lima, pela ponte romano-gótica
À vista do Arco da Geia
Paisagens
Arco da Geia (Ponte romana-medieval)
Igrejas
Capela do Anjo da Guarda
Troços/Caminhos
Caminho das Tojeiras
Caminho nas Barrosas
Com a Igreja de Sata Marinha de Arcozelo à vista

16/05/2009

MARCAÇÃO DO CAMINHO

Aqui ficam algumas informações sobre as indicações que podemos encontrar ou não durante a nossa viagem até Santiago. O texto e as sinalizações foram retirados na sua quase totalidade do blog dos nossos companheiros de BTT de Évora que no ano passado fizeram o mesmo caminho e quem agradecemos....

Ora, raramente no ponto de origem há uma indicação do local de destino… obviamente nem Viseu nem em Guimarães há uma seta a dizer Santiago de Compostela. Nas estradas nacionais basta seguir as indicações rodoviárias, mas aqui o caso é bastante diferente.
No caso concreto do Caminho Português do Interior que vamos seguir desde Guimarães até Santiago de Compostela, praticamente sempre no “meio do mato”, preocupa-nos de facto a sinalização e, mais ainda, a ausência dela. Perdermo-nos não é seguramente um dos nossos objectivos mais importantes!
Inicialmente, o caminho era assinalado pela Vieira de Santiago (Concha de Santiago) que se apresenta sob a forma de elementos de bronze, de cerâmica, de etiquetas, de gravuras, etc., sendo o sentido a seguir indicado pelos “dedos” da vieira, ou seja, o lado aberto da concha indica a direcção de Santiago de Compostela.Existe apenas uma vieira na marcação do Caminho em que os “dedos” apontam para baixo, mas neste caso há uma justificação… ela está em Finisterra – o fim do Caminho (e o Fim da Terra).
Depois, por várias razões, a concha deixou de ser eficaz em termos de sinalização do caminho. Devido à tendência dos peregrinos levarem estes objectos como “recuerdo”, eles foram desaparecendo a pouco e pouco. Por outro lado, depois de o Caminho de Santiago ter sido classificado como Itinerário Cultural do Conselho da Europa, a concha estilizada amarela sobre fundo azul foi assumida como símbolo identificador europeu do Caminho de Santiago. Assim, a concha passou a ter carácter de logotipo oficial, identificando apenas a presença do Caminho de Santiago. Deste modo, este logotipo mantém sempre a mesma posição, deixando agora de indicar qualquer direcção. Esta situação veio causar alguma confusão entre os peregrinos menos avisados, uma vez que os “dedos” da concha podem agora indicar uma direcção bastante diferente daquela que é a verdadeira direcção do Caminho de Santiago. Atenção a situações como a que agora se apresenta e que podem induzir o peregrino a seguir uma direcção errada.
As “Flechas Amarillas”
principal sinalização do actual Caminho de Santiago, começaram a ser pintadas em 1980 pelo Padre Elías Valiña Sanpedro, Pároco do Cebreiro, a primeira localidade galega do Caminho Francês. Desde então foram-se espalhando por todos os caminhos e actualmente são o meio mais seguro de seguir o Caminho de Santiago sem grandes preocupações. A razão porque as setas são amarelas e não de outra cor tem também uma explicação… mas não pensem já em grandes simbolismos! São amarelas apenas porque começaram por ser pintadas com o resto da tinta de marcação de umas obras na estrada, que os trabalhadores ofereceram ao Padre Elías. O Caminho Português do Interior começou a ser recuperado em 1992 e actualmente está marcado desde Lisboa e de forma bastante completa no troço final Porto-Ponte de Lima-Valença do Minho. Em território espanhol a sinalização é ainda mais completa e eficiente. A sinalização dos Caminhos Portugueses de Santiago tem sido feita recorrendo ao sistema convencionado para toda a Europa para identificar de forma simples os itinerários jacobeus e que é a seta amarela pintada em muros, paredes, pavimentos, árvores, postes, etc, em todos os locais onde pudessem ocorrer dúvidas, particularmente nos cruzamentos e bifurcações. Estas setas foram depois substituídas no troço galego por uma solução definitiva com marcos de pedra com a distância à Catedral de Santiago, incluindo um azulejo azul com uma vieira amarela posicionada de acordo com o sentido da marcha ou, noutros casos, apenas o mesmo azulejo colado em paredes e muros.

Em Portugal têm-se mantido as setas amarelas, periodicamente retocadas, constituindo uma solução que, embora provisória, é absolutamente segura. Contudo, está já em curso a fixação definitiva de setas metálicas amarelas em todo o percurso, do Porto até Valença.
Para além da sinalização oficial, encontramos por vezes marcações provisórias, feitas pelos peregrinos, quando há problemas com a sinalização existente (mau tempo, azulejos roubados, a vegetação cresceu por cima das marcas).

Uma chamada de atenção para as setas azuis que poderão aparecer (que normalmente apontam o sentido contrário) e que são a indicação do Caminho de Fátima, nomeadamente para orientação dos Peregrinos que de Santiago de Compostela se dirigem a Fátima.
Outro tipo de sianlização que poderemos encontrar são as marcações dos Caminhos de Grand Randonnée (GR), de acordo com o estabelecido pela Federação Francesa de Randonneur (FFR), que em Portugal se designam por Grande Rota e que são percursos pedestres definidos no nosso país pela Federação Portuguesa de Campismo (FPC).
Ao longo do Caminho Português de Santiago, este tipo de sinalização, pode encontrar-se pelo menos entre Rates e Barcelos e entre Ponte de Lima e Valença. É a indicação da GR11-E9, um itinerário que tem origem em S. Petersburgo, na Rússia, atravessa toda a Europa e termina em Portugal na casa de S. Vicente.
Chamamos à atenção para o facto de que os itinerários compostelanos nem sempre são GR e que nem todas as GR são caminhos para Compostela. A GR11-E9 não corresponde integralmente ao traçado do Caminho Português, pois apresenta algumas alternativas pontuais aos troços originais do Caminho de Santiago.
A marcação pode encontrar-se sob a forma de traços pintados sobre árvores, pedras, muros ou de marcações auto-adesivas sobre postes ou ainda sob a forma pequenos painéis acompanhados de textos.
Esta sinalização é constituída por dois traços, um vermelho e um branco, e funciona como se pode ver na imagem apresentada.
No caso das Pequenas Rotas (PR) o traço branco passa a ser amarelo mas a nomenclatura da sinalização é a mesma.
Actualmente, podem-se encontrar marcações no caminho, quase, a cada 200/250 metros, pelo que se fizermos mais de 500 metros sem ver uma seta amarela ou um marco, muito provavelmente, estaremos perdidos. Resta voltar atrás e recuperar o caminho certo!
Com toda esta informação, pensamos que não haverá grandes problemas para darmos com o caminho certo, mas se restarem dúvidas só temos que perguntar a alguém… pelo Caminho de Santiago todos o peregrinos são irmãos e amigos!

Aqui está....mais que isto é impossivel !!!

10/05/2009

SITES IMPORTANTES

Aqui ficam alguns sites importantes sobre os caminhos de santiago, aqui encontra-se tudo: a história, os diferentes percursos, alojamento, material a utilizar, noticias, dicas, fotos,

* http://www.caminhoportuguesdesantiago.com/PT/ (Caminho Português)

* http://www.mundicamino.com/ (Caminhos de Santiago)

* http://ceg.fcsh.unl.pt/site/santiago.asp (Centro de estudos Galegos)

* http://caminoportugues.iespana.es/caminoportugues/ (Amigos do Caminho Português de Santiago)

* http://www.caminosantiago.org/cpperegrino/federacion/inicio.asp (Federação Espanhola de Associações de Amigos de Santiago)

09/05/2009

A HISTÓRIA DO CAMINHO

Segundo a lenda católica, após a dispersão dos Apóstolos pelo mundo, Santiago foi pregar em regiões longínquas, passando algum tempo em Espanha, na Galiza. Quando voltou à Palestina, no ano 44, foi preso e decapitado, a mando de Herodes Agrippa I, filho de Aristobulus e neto de Herodes o Grande. Dois de seus discípulos, Teodoro e Atanásio, roubaram o corpo do mestre e embarcaram-no (num barco com tripulação angélica) e em sete dias chegaram à Galiza e a Iria Flávia onde o sepultaram, secretamente, num bosque de nome Libredón.
Não há certezas quanto à data da descoberta do sepulcro apostólico, mas a maioria das fontes católicas apontam datas entre 813 e 820. A lenda conta que um ermitão do bosque de Libredón, de nome Pelágio (ou Pelaio), observou durante algumas noites seguidas uma “chuva de estrelas” sobre um monte do bosque. Avisado das luzes, o bispo de Iria Flávia, Teodomiro, ordenou escavações e encontrou uma arca de mármore com os ossos do santo e dos seus discípulos.
No “Campus Stellae” – de onde se crê provir a palavra Compostela – foi erigida uma capela para proteger a tumba do apóstolo que se tornou um símbolo da resistência cristã aos ataques dos mouros. A partir do ano 1000 as peregrinações a Santiago popularizam-se, tornando-se a cidade num dos principais centros de peregrinação cristã (a par de Roma e Jerusalém); é também nesta altura que surgem os primeiros relatos de peregrinos que viajaram a Compostela.
No século XII é publicado o primeiro guia do peregrino (do Caminho Francês) – o Códice Calixtino (ou Liber Sancti Jacobi) atribuído ao Papa Calixto II, que proclama ainda que quando o dia do Santo (25 de Julho) é num Domingo, esse é um Ano Santo Jacobeu (com especiais bênçãos e privilégios espirituais para os peregrinos). Grupos de peregrinos começam a chegar de toda a Europa, desenvolvendo as cidades por onde passam, sendo o Caminho Francês o mais utilizado.
O Caminho de Santiago, tal como relatado no Códice Calixtino, é em terra o desenho da Via Láctea, porque esta rota se situa directamente sob a Via Láctea que indica a direcção de Santiago, servindo assim, na Idade Média, de orientação durante a noite aos peregrinos. Esta associação deu ao Caminho o nome de Caminho das Estrelas e fez com que a chuva de estrelas seja um dos símbolos do culto Jacobeu, juntamente com a Vieira, a Cabaça e o Bordão.
Existem vários Caminhos que percorrem toda a Europa e que desembocam em Santiago de Compostela, sendo que o mais famoso é sem dúvida o chamado Caminho Francês que atravessa a Fronteira Franco-Espanhola nos Pirinéus e atravessa todo o norte de Espanha.

05/05/2009

MAPAS DOS CAMINHOS DE SANTIAGO

Enquanto vamos pedalando e recolhendo patrocinios para o nosso equipamento, aqui vão ficando algumas informações sobre os Caminhos de Santiago...desde mapas, a história, as curiosidades, etc....e claro vamos também dando novidades sobre a preparação, no domingo parece que só o Rocha não irá estar na prova do Inatel, mas no sábado vai a Idanha...e com muita antecedência as credenciais já chegaram... e já agora vejam os videos de bettistas que já fizeram alguns dos caminhos de Santiago....é ou não bonito!!!
Mapa dos Caminhos Portugueses de Santiago na Idade Média


Mapa dos Caminhos de Santiago na Europa Medieval